Após a vitória avassaladora de Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), nas eleições presidenciais da Bolívia, no último dia 18 de outubro, a Bolívia volta às ruas na próxima segunda-feira, dia 9, para comemorar a volta do ex-presidente, Evo Morales, ao país, véspera do aniversário do golpe que o tirou da presidência. Em 2019, após reeleger-se presidente, golpistas não aceitaram os resultados e, juntos com as Forças Armadas, deram um golpe de Estado.

Morales regressa em liberdade e com plenos direitos políticos do seu exílio no México e na Argentina, já que as acusações que pesavam sobre ele foram anuladas pela Corte Suprema do País.

A Bolívia sofreu um golpe militar no dia 12 de novembro de 2019, e estava, até as eleições, sob a ditadura de Jeanine Añez.

Eleições

O candidato de Evo Morales à presidência, Luis Arce (MAS), venceu as eleições com 55,1% dos votos (26,6 pontos à frente do seu adversário mais próximo, o golpista Carlos Mesa, que obteve 28,8%).

O MAS também conquistou a maioria absoluta em ambas as câmaras da Assembleia Legislativa Plurinacional. De um total de 130 deputados, o MAS conquistou 73 cadeiras, já a oposição de direita fez 57. No Senado, Arce terá 21 representantes, contra 15 da oposição de direita. O MAS também ganhou em 6 dos 9 departamentos (espécie de Estado) da Bolívia.

Ninguém na Bolívia previa um resultado tão contundente, após a esquerda ter sido alvo de perseguições judiciais, denúncias midiáticas sem fundamento e desprezo social dos governantes e setores mais ricos  da população. As pessoas acreditavam que a esquerda, e o MAS em particular, estava desacreditada e sem força. No entanto, a situação grave em que se encontra a Bolívia unificou a esquerda, potencializou compromissos e venceu as eleições.


 

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