Neste Ano Novo, o Brasil respira aliviado. É claro que temos enormes desafios a enfrentar e graves problemas a resolver, mas agora, podemos sonhar com um país melhor, porque a democracia toma posse em Brasília, na figura do nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi um longo caminho até aqui. Em 2013, setores conservadores, aliados a segmentos da extrema direita e influentes meios de comunicação potencializaram um movimento incialmente reivindicatório como uma revolta popular destinada a combater o governo da presidenta Dilma Rousseff, atribuindo a ela responsabilidade sobre problemas estruturais do país que ainda necessitam de muito investimento e tempo para serem resolvidos. Esse movimento capitaneado pela direita se utilizou de muita deslealdade e mentiras. Ali dava seus primeiros passos à fábrica de fakenews que se tornaria nas eleições de 2018 uma verdadeira indústria de mentiras.

Em 2014, esse mesmo agrupamento de forças, agora liderado pelo candidato derrotado à Presidência da República, Aécio Neves, decretou uma guerra suja. Aécio afirmou claramente que Dilma não governaria. E assim foi feito. Com a ajuda primordial do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, criou-se um bloqueio às iniciativas do governo, aprofundou-se a dificuldade decorrente da crise econômica internacional e armou-se a farsa do impeachment, com falsa acusação de crime inexistente, como já ficou demonstrado. Foi um golpe contra a democracia e contra o povo.

E os ataques começaram. Veio o teto de gastos, perdemos  a soberania,  veio a farsa da lava jato e a prisão de Lula para eleger Bolsonaro como presidente em 2018.

Vieram mais ataques aos trabalhadores e à população brasileira: reforma da previdência, reforma trabalhista, o genocídio durante a pandemia, violências crescentes contra a juventude, população negra, pessoas LGBTQIA+, povos indígenas, quilombolas, mulheres, servidores públicos, desmonte dos serviços e políticas públicas, armamento de milicianos e até mesmo assassinatos políticos. O Brasil retrocedeu muitas décadas em menos de 4 anos. O genocida isolou o Brasil e foi execrado aqui e lá fora.

Com a libertação de Lula e a anulação de suas condenações  fraudulentas, o Brasil começou a almejar de novo seu futuro. A ampla frente que o leva de volta à Presidência da República para o terceiro mandato reflete o desejo do povo brasileiro de virar essa página e de voltar a ser feliz. E há muito a ser feito. Trinta e três milhões de brasileiros passam fome. Mais de 125 milhões sofrem com a alimentação insuficiente. Combater a fome é tarefa humanitária e emergência nacional.

Há golpistas e pessoas manipuladas pedindo intervenção militar. Elas passarão. Serão apenas uma sombra na história. A partir de primeiro de janeiro de 2023 a dignidade voltará ao Planalto Central para governar o Brasil.