Mais uma vez, a CUT saiu na frente e engajou-se decisivamente na celebração do Mês do Orgulho LGBTQIA+ de 2025. Milhares de pessoas foram às ruas destacando a importância da visibilidade, o respeito e a dignidade daqueles que, diuturnamente, sofrem, mas lutam, contra a violência, o preconceito e as desigualdades, mas também por uma sociedade mais justa e igualitária.

Para além da tradicional Parada LGBTQIA+, a CUT, por intermédio da Secretaria Nacional de Políticas LGBTQIA+, organizou e levou à ruas a 1ª Marcha da Classe Trabalhadora LGBTQIA+ no último dia 20 de junho. Nossas bandeiras foram a luta contra a discriminação no mercado de trabalho, o etarismo enfrentado por indivíduos mais velhos da comunidade e a necessidade de acesso a serviços de saúde e o direito ao nome social.

Vale ressaltar que o apoio à causa é contínua e essencial para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. Nesse sentido, destaco a criação da Secretaria Nacional de Politicas LGBTQIA+, em 2023. Foi, a partir dessa compreensão e esforço, que conseguimos impulsionar e concretizar o que idealizamos lá atrás, com a formulação de propostas à 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, a qual visa elaborar o Plano Nacional de Ações para nossa população com políticas públicas que beneficiem a classe trabalhadora e promovam a justiça social.

Acredito que a criação da Secretaria Nacional deve impulsionar a criação das respectivas secretarias estaduais, agora, em nossa Plenária Nacional, ainda este ano, e nos próximos congressos estaduais da CUT. Sim, porque é com a criação das Secretarias Estaduais que as políticas públicas LGBTQIA+ se tornarão presentes nas lutas da Central.

Com a realização dessa inédita Marcha e, consequentemente, trazer o mundo do trabalho para o Mês do Orgulho é uma oportunidade para unificar os trabalhadores e fortalecer o movimento sindical. É preciso entender, de uma vez por todas, que a luta vai além da inserção do povo LGBTQIA+ no mercado de trabalho. É preciso garantir que essas pessoas sejam reconhecidas e respeitadas em seus ambientes profissionais. Não é atoa que a Parada do Orgulho LGBTQIA+ desse ano levantou a bandeira das pessoas com mais de 60 anos, com o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”.

A CUT também está engajada na luta pela saúde do povo LGBTQIA+, especialmente das pessoas trans, que enfrentam barreiras no atendimento ginecológico e urológico, suas respectivas aposentadorias, bem como a formação profissional.

Finalizo dizendo que a participação da CUT e dos trabalhadores tanto na Parada do Orgulho de São Paulo, quanto na 1ª Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras LGBTQIA+ são demonstrações concretas de sua atuação em defesa da comunidade.

O papel da Educação

É condição fundamental para promover a inclusão, segurança, o respeito e a igualdade. A educação ajuda a conscientizar sobre a diversidade sexual e de gênero, reduzindo a discriminação e o preconceito. Somente a educação empodera as pessoas LGBTQIA+ para defender seus direitos, lutar por igualdade e resistir às injustiças.

Autoria
Walmir Siqueira é professor, Secretário Nacional LGBTQIA+ da Central Única dos Trabalhadores, diretor da Apeoesp e sócio-coordenador do CCN Notícias